quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Criador e criatura



Há muito tempo eu não via uma sabotagem tão grande de um treinador ao próprio time! Quem assistiu ao jogo sabe muito bem do que estou falando...

O Murici jogou muito bem no primeiro tempo, com posse de bola, consciência, virando o jogo... Jogou com o Alexsandro como referência, fugindo um pouco de suas características, mas serviu para qualificar o meio-campo; Everlan, Gustavo e até o Bilu – que parecia um pouco mais lento que os outros, por razões óbvias – estavam muito bem. Murici conseguia acalmar o jogo e impôs um ritmo forte.

Sinceramente, ao intervalo, eu fiquei esperançoso por uma vitória alagoana.

Everlan muito bem, enchendo os olhos! Paulinho, idem. O Mauro Cezar, na ESPN, e o Lédio Carmona, no Sportv, ficaram surpresos com a qualidade do time muriciense. O time alagoano criava chances de gol e, se não tomava conta do jogo, era flagrantemente mais organizado e consciente na partida.

Mas veio o segundo tempo e o Gilmar Batista entrou em ação. Numa única substituição, o Gilmar transformou o time. O Murici, a criatura outrora corajosa, foi o reflexo do Gilmar, o criador, esfacelado física e taticamente.

Gilmar, pela caridade, por que você tirou o Gustavo, que era quem mais se aproximava do Alexsandro lá na frente, e pôs um volante (Edmilson)? Quando da substituição, eu pensei: "Ih, agora lascou!". Mas eu ainda tentei acreditar no treinador, afinal, ele é quem treina o time e conhece o elenco em suas limitações físicas e técnicas. Mas quando eu vi o Bilu, o jogador mais experiente do grupo, tentando entender a substituição, logo pensei: "ele sequer treinou essa formação".

E com a sabotagem de seu próprio treinador, somada ao fato de o Murici manter um toco de amarrar jegue no gol, não demorou pra o Flamengo abrir o placar. Foi simples, o segundo gol foi conseqüência do primeiro, e o terceiro, conseqüência do segundo. O Murici, que tinha o meio-campo, o entregou ao Flamengo.

Em tempos de profissionalismo, uma atitude bem amadora seria justificável: se eu fosse dirigente do Murici, técnico e goleiro nem no ônibus de volta pra casa entrariam.

Foto: Blog do Renato Firmino

O criador e a criatura



Há muito tempo eu não via uma fraude tão grande de um treinador ao próprio time! Quem assistiu ao jogo sabe muito bem do que estou falando...

O Murici jogou muito bem no primeiro tempo, com posse de bola, consciência, virando o jogo... Jogou com o Alexsandro como referência, fugindo um pouco de suas características, mas serviu para qualificar o meio-campo; Everlan, Gustavo e até o Bilu – que parecia um pouco mais lento que os outros, por razões óbvias – estavam muito bem. Murici conseguia acalmar o jogo e impôs um ritmo forte.

Sinceramente, ao intervalo, eu fiquei esperançoso por uma vitória alagoana.

Everlan muito bem, enchendo os olhos! Paulinho, idem. O Mauro Cezar, na ESPN, e o Lédio Carmona, no Sportv, ficaram surpresos com a qualidade do time muriciense. O time alagoano criava chances de gol e, se não tomava conta do jogo, era flagrantemente mais organizado e consciente na partida.

Mas veio o segundo tempo e o Gilmar Batista entrou em ação. Numa única substituição, o Gilmar transformou o time. O Murici, a criatura outrora corajosa, foi o reflexo do Gilmar, o criador, esfacelado física e taticamente.

Gilmar, pela caridade, por que você tirou o Gustavo, que era quem mais se aproximava do Alexsandro lá na frente, e pôs um volante (Edmilson)? Quando da substituição, eu pensei: "Ih, agora lascou!". Mas eu ainda tentei acreditar no treinador, afinal, ele é quem treina o time e conhece o elenco em suas limitações físicas e técnicas. Mas quando eu vi o Bilu, o jogador mais experiente do grupo, tentando entender a substituição, logo pensei: "ele sequer treinou essa formação".

E com a fraude de seu próprio treinador, somada ao fato de o Murici manter um toco de amarrar jegue no gol, não demorou pra o Flamengo abrir o placar. Foi simples, o segundo gol foi conseqüência do primeiro, e o terceiro, conseqüência do segundo. O Murici, que tinha o meio-campo, o entregou ao Flamengo.

Em tempos de profissionalismo, uma atitude bem amadora seria justificável: se eu fosse dirigente do Murici, técnico e goleiro nem no ônibus de volta pra casa entrariam.

Foto: Blog do Firmino