BRASIL

Algumas observações precisam ser feitas quanto à seleção brasileira.
A primeira é que, por característica, o time tende a jogar sem a bola, ou seja, explorando os contra-ataques na velocidade, principalmente de Kaká e Robinho. Quem jogar atacando o Brasil (será que alguém fará isso?) deverá ter sérios problemas. A maioria, se não a totalidade, das seleções vai se defender dos ataques brasileiros; muitos jogando atrás da linha da bola. E é aí que o time tem apresentado problemas: superar retrancas. Isso se deve em grande parte às características dos jogadores, que são carregadores de bola. O Brasil não tem hoje a característica do toque de bola, não tem um meia-armador, nem tem o fator surpresa (o que faz com que muitos defendam a convocação do Ronaldinho).
Outro fator determinante do Brasil é a atividade do Maicon, que será um desafogo pelo lado direito. A força e velocidade do lateral brasileiro tende a ser uma das principais armas do time. E quando o Daniel Alves joga no lugar do Elano (que pode ser uma tendência no decorrer da Copa), as jogadas pela direita são de longe a maior força do time.
A maior dúvida segue sendo a lateral-esquerda, onde ninguém se firmou. Michel Bastos, André Santos, Gilberto, Kléber e Marcelo brigam por duas vagas. Fala-se, agora, em Roberto Carlos. Mas o Dunga tem primado pelo conjunto e a sequência, e o Roberto Carlos é praticamente carta fora do baralho.
O Elano, que é figura certa no elenco, não está garantido no time titular. No lugar dele podem jogar Ramires ou Daniel Alves.
Olho nele!
Kaká (meia), 28 anos
