quinta-feira, 13 de maio de 2010

Seleções da Copa 2010: Espanha

Com a confirmação de Iniesta, Torres e Cesc, que vem de lesão, a Espanha tem o melhor elenco da Copa do Mundo 2010.

Um elenco de dar inveja! A seleção espanhola, atual campeã européia, experimenta um favoritismo que nunca teve. É provavelmente a melhor geração da história do futebol espanhol. E isso não veio por acaso. Grande parte deste mérito se deve a formação de base do Barcelona, que revela cada vez mais jogadores.

O técnico Vicente Del Bosque é um privilegiado. Nenhum outro desta Copa do Mundo terá à sua disposição tantas opções, inclusive para variações táticas. Nem o Maradona, tampouco o Dunga, tem os três setores – defesa, meio-campo e ataque – tão equilibrados.

Se o Brasil tem o melhor setor defensivo do Mundo e a Argentina, por sua vez, tem o melhor ataque, a Fúria Espanhola tem as melhores opções para o meio-campo. Porém, ao contrário das principais candidatas ao título, a Espanha não tem um ponto fraco assimilável, não deixa a desejar em nenhum outro setor. A Fúria tem um dos melhores goleiros do Mundo (Iker Casillas), defensores do mais alto nível (Sergio Ramos, Piqué, Puyol etc.), e dois dos melhores atacantes da atualidade (Torres e Villa).

Um dos maiores problemas da seleção do Dunga é a falta de qualidade dos suplentes. E pior, o banco não lhe dá opções táticas. No máximo, um ou outro jogador que joga em mais de uma posição (Daniel Alves, Elano, Ramires e Gilberto, por exemplo). No mais, é real (e assustadora) a possibilidade de, em desvantagem no placar, não ter o que fazer.

Este problema quase crônico da seleção brasileira não se verifica na seleção espanhola. Só entre os suplentes podemos citar: Jesús Navas, Santi Cazorla, Juan Manuel Mata, Andrés Iniesta e Cesc Fábregas. Quem, entre todas as seleções, pode se dar ao luxo de ter jogadores do nível de Fábregas e Iniesta no banco de reservas?

Concordemos, o Brasil tem a melhor defesa deste Mundial, começando pelo goleiro Júlio César (tá, ainda não acertou a lateral-esquerda). Porém, o meio-campo do Brasil é de fazer chorar (ou fazer rir, depende do ponto de vista). O ataque é bom, mas não é dos sonhos de ninguém. A dupla Torres/Villa é, sim, melhor que a dupla Robinho/Luís Fabiano.

O time provável que Vicente Del Bosque levará a campo em 16 de junho, contra a Suíça, deve ser: Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevilla; Marcos Senna, Xabi Alonso, Xavi, David Silva; Fernando Torres e David Villa. Notadamente, um 4-2-2-2 (Figura I).

Porém, variações podem (e devem) acontecer – como dito, o Del Bosque tem peças para fazê-lo. A mais provável é a de jogar num 4-1-4-1, com apenas um volante de ofício (Xabi Alonso) e um atacante, sacando o Marcos Senna e um dos atacantes (Torres ou Villa), e fazendo entrar o Iniesta e o Fábregas (Figura II). Outra possibilidade – bem possível – é de jogar com duas linhas de quatro homens, mas sem o cabeça-de-área (o Xabi Alonso da Figura II) e com dois atacantes (Villa e Torres).

Ao contrário do Dunga, opções não faltarão ao técnico espanhol! Outros jogadores de flanco, como Jesús Navas e Santi Cazorla, podem aparecer eventualmente no time, dando mais velocidade pelo lado do campo.

Figura I


Figura II



Olho nele!

Xavi (volante e meia), 30 anos

Xavier Hernández i Creus é um dos maiores destaques do épico time do Barcelona, que conquistou seis títulos (de seis possíveis) na temporada 2008/2009. É um meio-campo quase completo, com passes perfeitos e boa marcação. É certo que Xavi deixará os companheiros de ataque, Torres e Villa, na cara do gol.

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