segunda-feira, 22 de março de 2010
Carta dos paraíbas às lágrimas de egoísmo do Rio de Janeiro
Carta do Deputado Federal Antônio Feijão (PTC-AP) em resposta ao que ele chama de hipocrisia lacrimal do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Um primor!
"Vou tentar aproveitar os rios de lágrimas do governador Sérgio Cabral para refrescar, com um vapor de informações da história, mais ou menos o que este País já fez pelo Rio de Janeiro e sua Cidade Maravilhosa. Na 2ª Guerra Mundial, a vinda de Roosevelt (presidente dos Estados Unidos) e seu encontro com Vargas (Getúlio Vargas, presidente do Brasil), em Natal, não foi para retirar riquezas do fundo do mar. O encontro do presidente Roosevelt com Vargas em Natal foi para negociar a implantação, no Rio de Janeiro, da Usina Siderúrgica Nacional. E a custo de que e de quem? A Usina Siderúrgica Nacional foi dada, com os braços abertos do Cristo Redentor para abençoar, por seus compatriotas acreanos, cearenses que foram em marcha, em mais de 17 mil soldados da borracha, para pagar a conta de o Rio de Janeiro ter uma indústria do primeiro mundo. O governador do Rio de Janeiro, antes de se afogar na sua hipocrisia lacrimal, precisa estudar a história. O Rio de Janeiro foi capital da República e se embebedou em trilhões de reais. O Rio de Janeiro foi palco de um fracassado Jogos Pan-Americanos porque a corrupção e o desvio em obras foi tão grande que, depois dos jogos, ninguém viu o aproveitamento. E tiveram que fazer reforma, por exemplo, no parque aquático lá implantado e ainda novinho em folha. O Rio de Janeiro também foi escolhido para ser a sede das Olimpíadas. O Rio de Janeiro recebeu grandes investimentos. O Rio de Janeiro não tinha como gerar energia e recebeu Angra I e Angra II e terá Angra III. A custo de que foi implantado o primeiro núcleo elétrico de Angra? A custo de mais de 6 bilhões de dólares. Dinheiro vindo de onde? Não foi do fundo do mar. Esse dinheiro poderia ter sido gasto no Amapá. Cadê as lágrimas do Governador do Rio de Janeiro? Quando foi para pesquisar, a Petrobras gastou bilhões de dólares em poços que não tiveram sucesso. De onde saiu o dinheiro para bancar o risco e garantir o sucesso da Petrobras? Do Erário. Portanto, meus amigos cariocas, não vão nesta onda e nem peguem surfe nas lágrimas deste governador cheio de hipocrisia, prestem bem a atenção em que um país não se faz da felicidade e do fausto de um único Estado. Um país se realiza pelo equilíbrio federativo. Não pode Macaé (considerado município produtor, no Rio de Janeiro) viver um fausto, uma riqueza, enquanto o Estado inteiro do Amapá tem menos de 3% de saneamento básico. Nós não podemos aceitar isso. Macaé hoje vive uma riqueza, uma meca, e é preciso que o petróleo seja um instrumento para o Estado Nacional inteiro, porque petróleo só dá uma safra."
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